sábado, 5 de novembro de 2016

JEJUM E MASSA MAGRA

Olá pessoal outro dia uma amiga da faculdade me perguntou sobre o Jejum em relação a Massa Magra, sei que essa pode ser uma dúvida de várias pessoas, afinal a maioria dos profissionais dizem que sim, que há perda de massa.

Mas vamos refletir um pouco, pra quê então reservamos energia na forma de gordura se na ausência de alimentos o corpo irá usar a proteína?

Para entendermos um pouco mais sobre o assunto, segue um artigo muito bem traduzido pelo Hilton Sousa do Site Paleodiário

Esse artigo é parte de uma série sobre jejum, escrita pelo Jason Fung.

Jejum, uma história
Fisiologia do jejum
Jejum e Hormônio do Crescimento
Jejum e lipólise
Mitos sobre o jejum
Regimes de jejum
Regimes de jejum mais longos
O segredo ancestral da perda de peso
Redução calórica x Jejum
Mulheres e jejum
Banquetes e jejuns: O ciclo da vida
Por que eu não consigo perder peso ?
Dicas práticas de jejum
Mais dicas práticas de jejum
Vantagens do jejum
Jejum e massa magra



por Jason Fung


Parece que sempre há preocupações com a perda de massa magra durante o jejum. Eu nunca consigo fugir dessa questão. Não importa quantas vezes eu responda, alguém sempre pergunta: "Jejuar não degrada seus músculos ?"

Deixe-me ser direto: NÃO.

Aqui está a coisa mais importante a se lembrar. Se você está preocupado em perder peso e reverter o diabetes tipo 2, então preocupe-se com a insulina. Jejum e LCHF vão te ajudar. Se você está preocupado com massa magra, então faça exercícios – especialmente exercícios de resistência. Ok ? Não confunda as duas coisas. Nós sempre confundimos as duas porque os entusiastas das calorias embaralharam ambas em nossas mentes, feito hambúrguer e batata-frita.

Perda e ganho de peso são majoritariamente funções da DIETA. Você não consegue sair de um problema dietético fazendo exercícios. Lembra-se da história do Peter Attia? Um médico altamente inteligente e nadador de grandes distâncias de elite, ele descobriu-se no lado mais pesado da escala, e não era músculo. Ele estava sobrepesado apesar de exercitar-se 3-4 horas por dia. Por que ? Porque músculo tem a ver com exercício, e gordura tem a ver com dieta. Você não pode vencer uma dieta ruim na corrida.

Ganho e perda de músculo são majoritariamente funções do EXERCÍCIO. Você não consegue ganhar músculos comendo. Indústrias de suplementos, é claro, tentam te convencer do contrário. Coma creatina (ou shakes de proteína, ou qualquer poção mágica) e você vai construir músculos. Isso é estúpido. Só há um jeito bom de construir músculos – exercício. Então se você está preocupado com perda de músculos – exercite-se. Não é nada complicado. Apenas não confunda as duas coisas, dieta e exercício. Não se preocupe sobre o que a sua dieta (ou falta de dieta – jejum) está fazendo com seus músculos. Exercícios constroem músculos. Ok ? Claro ?
Então a questão principal é essa – se você jejuar por tempo suficiente, o seu corpo não começa a queimar mais músculos do que ele fazia antes, para produzir glicose para o corpo ? Caramba, não.



Vamos olhar cuidadosamente para esse gráfico feito pelo Dr. Kevin Hall, do NIH (N.T.: Instituto Nacional de Saúde), tirado do livro "Fisiologia comparativa do Jejum, Fome e Limitação de Comida". Grande título, pessoal. A Amazon provavelmente não conseguiu manter estoque suficiente nas prateleiras.

Mas de qualquer maneira, é um gráfico que mostra de onde vem a energia que sustenta nossos corpos, desde o início do jejum. No momento inicial, você pode ver que há uma mistura da energia vinda de carboidratos, gorduras e proteínas. Mais ou menos no primeiro dia de jejum, vocÊ pode ver que o corpo inicialmente passa a funcionar com carboidratos (açúcares) para obter energia. Entretanto, o corpo tem capacidade limitada de armazenar açúcar. Então, depois do primeiro dia, começa a queima de gordura.

O que acontece com a proteína ? Bem, a quantidade de proteína consumida cai. Há certamente um nível mínimo de consumo de proteína, mas o meu ponto é que nós não começamos a aumentar o consumo de proteínas. Não começamos a queimar músculos, começamos a conservar músculos.

Revisões sobre jejum de meados dos anos 1980 já tinham notado que "a conservação da energia e das proteínas pelo corpo foi demonstrada ao reduzirem-se... a excreção urinária de nitrogênio e o fluxo de leucina (proteólise). Durante os primeiros 3 dias de jejum, nenhuma mudança significativa na excreção urinária de nitrogênio e na taxa metabólica foram demonstradas". Leucina é um aminoácido e alguns estudos mostraram que a sua excreção aumenta durante o jejum, enquanto outros não mostararam. Em outras palavras, estudos fisiológicos sobre o jejum já concluíram que proteína não é "queimada" para gerar glicose.



Ele nota ainda que você pode ter um aumento no fluxo da leucina sem mudança na excreção urinária de nitrogênio. Isso acontece quando aminoácidos são reincorporados em proteínas. Pesquisadores estudaram o efeito da quebra generalizada de proteína corporal em 7 dias de jejum. Sua conclusão foi que "a redução da quebra de proteínas corporais contribui significtivamente para o decréscimo na excreção de nitrogênio observada durante o jejum em sujeitos obesos". Há uma quebra normal de músuclos que é equilibrada pela formação de novos músculos. Essa taxa de quebra diminui em aproximadamente 25% durante o jejum.

Os estudos clássicos foram feitos por George Cahill. Em um artigo publicado em 1983 na revista “Starvation”, ele nota que os requerimentos de glicose caem drasticamente durante o jejum, enquanto o corpo alimenta-se de ácidos graxos e o cérebro extrai energia de corpos cetônicos, reduzindo significativamente a necessidade de gliconeogênese. A quebra normal de proteínas é da ordem de 75g/dia, que cai para cerca de 15-20g/dia durante a privação de alimentos. Então suponha que fiquemos doidos e jejuemos por 7 dias, perdendo cerca de 100g de proteína. Isso equivale a aproximadamente 5 camarões-gigantes. Nós compensamos essa proteína perdida com facilidade, e na prática vamos além, da próxima vez que comermos. Sim, se você jejuar por 7 dias e então comer nenhuma outra proteína que não seja aqueles 5 camarões, você estará ok.




Do estudo do Cahill, você pode ver que a excreção de nitrogênio pela uréia, que corresponde à quebra de proteínas, cai MUITO durante o jejum/fome. Isso faz sentido, uma vez que proteína é tecido funcional e não tem lógica queimar tecido útil quando há bastante gordura disponível. Então não, você não "queima" músculos durante o jejum.



De onde vem a glicose ? Bem, gordura é armazenada como triglicérides (TG). Eles consistem de 3 ácidos graxos ligados a 1 molécula de glicerol. Os ácidos graxos são liberados do TG e a maioria do corpo pode usá-los diretamente como fonte de energia.

O glicerol vai para o fígado, onde entra no processo de gliconeogênese e é convertido em açúcar (glicose). Então, as partes do corpo que só podem usar açúcar, recebem sua parte. É assim que o corpo é capaz de manter glicemia normal ainda que você não esteja comendo açúcar. Ele tem a habilidade de produzir glicose a partir da gordura estocada.

Às vezes você vai ouvir um nutricionista dizer que o cérebro "precisa" de 140g de glicose por dia para funcionar. Sim, isso pode ser verdade, mas NÃO significa que você precisa COMER 140g de glicose por dia. Seu corpo vai fabricar a glicose da qual precisa a partir da sua gordura armazenada. Se você decidir COMER os 140g ao invés, o seu corpo vai simplesmente deixar a gordura no seu traseiro, quadris e cintura. Isso acontece porque o corpo vai queimar o açúcar ao invés da gordura.



Mas vamos observar alguns outros estudos clínicos no mundo real. Em 2010, pesquisadores observaram um grupo de sujeitos que passaram por 70 dias de jejum alternado (ADF). Isso é, eles comeram um dia, e fizeram jejum no próximo. O que aconteceu com sua massa magra ?

A massa livre de gordura deles começou em 52kg e terminou em 51.9kg. Em outras palavras, não houve perda de tecido magro (osso, músculo, etc). Houve, entretanto, uma perda de gordura significativa. Então não, você não está "queimando músculos", você está "queimando gorduras". Isso, é claro, é lógico. Afinal de contas, por que o seu corpo iria armazenar excesso de energia como gordura, se ele pretendia queimar proteínas assim que a comida acabasse ? Proteína é tecido funcional e tem muitas funções além de armazenamento de energia, enquanto a gordura é especializada em armazenar energia. Não faz sentido que você usaria gordura para obter energia, ao invés de proteína ? Por que pensaríamos que a Mãe Natureza é doida ?

Isso é mais ou menos como juntar madeira para acender a lareira. Mas assim que você precisa de calor, você desmonta o sofá e põe fogo nele. É completamente idiota pensar assim, e não é a maneira como nossos corpos foram feitos para funcionar.

Como, exatamente, o corpo mantém a massa magra ? Isso está provavelmente ligado à presença de hormônio do crescimento (GH). Em um artigo interessante, pesquisadores colocaram sujeitos em jejum e suprimiram o hormônio do crescimento com uma droga, para ver o que acontecia à degradação muscular. Nesse artigo, eles reconhecem que "as proteínas do corpo reduzem-se por inteiro". Em outras palavras, nós sabemos há no mínimo 50 anos que a quebra de músculos diminui substancialmente durante o jejum.

Ao suprimir o GH durante o jejum, há um aumento de 50% na quebra de músculos. Isso sugere fortemente que o GH tem papel importante na manutenção de massa magra durante o jejum. O corpo já tem mecanismos prontos para preservar massa magra durante o jejum e queimar gordura ao invés de proteína.

Então deixe-me colocar novamente, da maneira mais simples que consigo. Gordura é, em sua essência, comida armazenada para que "comamos" quando não há nada para comer. Nós evoluímos depósitos de gordura para serem usados em épocas quando não há o que comer. Não está lá porque é bonita, ok ? Então, quando não há nada para comer (jejum), nos "comemos" nossa própria gordura. Isso é natural. Isso é normal. É essa a maneira como fomos selecionados.

É não é só conosco. Todos os animais selvagens funcionam da mesma maneira. Nós não desperdiçamos nossos músculos enquanto mantemos os estoques de gordura. Isso seria idiota. Durante o jejum, mudanças hormonais entram em ação para nos dar mais energia (adrenalina aumentada), manter a glicose e as reservas de energia altas (queimando ácidos graxos e corpos cetônicos) e manter nossos músculos e ossos (hormônio do crescimento). Isso é normal e natural, e não há o que se temer.

Então, vou dizer aqui, de novo:

Não, jejuar não significa que você está queimando proteína para obter glicose. O seu corpo vai funcionar com gordura

Sim, seu cérebro precisa de uma certa quantidade de glicose para funcionar. Mas não, você não tem que COMER a glicose para obtê-la.

FONTE: CLIQUE AQUI

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Propriedades antioxidantes das carnes


Como funcionam os antioxidantes?
Como o próprio nome diz, um antioxidante age prevenindo a oxidação ou os danos do oxigênio às células (1,3). Esses danos às células podem ser parcialmente responsáveis por certas doenças e efeitos da idade.
As funções normais das células resultam em moléculas tóxicas chamadas “radicais livres”. O ambiente pode também ser fonte de radicais livres causados pela radiação ultravioleta, cigarro e poluentes do ar. Um radical livre é um composto químico altamente reativo de vida curta que pode causar efeitos deletérios nas células, particularmente no DNA e nas membranas celulares.
Os antioxidantes, tanto os que existem naturalmente no corpo como aqueles de fontes alimentícias, podem bloquear alguns desses efeitos deletérios estabilizando os radicais livres e neutralizando esses efeitos. Apesar de alguns danos dos radicais livres serem reparados pelo corpo, os danos celulares podem se acumular e levar a certas doenças.
O corpo tem, de forma geral, mecanismos protetores para controle da oxidação, mas, algumas vezes, esses mecanismos podem falhar ou ficar sobrecarregados. As vitaminas antioxidantes e os minerais podem minimizar a oxidação lipídica deletéria pela neutralização ou remoção dos radicais livres (1,3).
Fontes dietéticas de antioxidantes
As vitaminas antioxidantes comumente citadas são: vitaminas C, E e ß-caroteno (pró-vitamina A) (1,4,5). Além disso, vários minerais, como cobre, selênio, ferro, manganês, e zinco, foram considerados “minerais antioxidantes” devido à sua presença em sistemas enzimáticos que protegem contra os radicais livres e o estresse oxidante (6,7). Por exemplo, a deficiência de zinco aumenta a sensibilidade ao estresse oxidativo (excesso de radicais livres no organismo) (7,8).
Descobertas de um estudo recente levaram os pesquisadores a sugerirem que a correção da deficiência de zinco em pacientes com diabetes tipo 2 pode ajudar a prevenir os efeitos deletérios do estresse oxidativo e de outras complicações relacionadas à diabetes (8). Além disso, as propriedades antioxidantes do zinco e da vitamina E podem contribuir com sua capacidade de ajudar a proteger contra as injúrias celulares e a aterosclerose (9).
Comparados com as vitaminas antioxidantes, a ingestão de minerais antioxidantes cai para um limite estreito (6). Por exemplo, o ferro e o cobre são minerais que podem exibir tanto atividades antioxidantes como atividades pró-oxidantes, dependendo do nível ingerido.
Apesar das frutas e vegetais serem as fontes predominantes de antioxidantes, as carnes também contêm uma série de componentes nutricionais que possuem propriedades antioxidantes (4,10). A presença de antioxidantes nas carnes, como a carne bovina, pode ajudar a inibir a oxidação e os efeitos destrutivos de oxigênios reativos e de radicais livres, protegendo, desta forma, o valor nutritivo, e sabor e a cor das carnes (4). Por exemplo, a vitamina E adia a oxidação de ácidos graxos poli-insaturados nas membranas dos tecidos das carnes e a conversão da mioglobina (pigmento vermelho) do músculo em metamioglobina (pigmento marrom) (4).
Propriedades antioxidantes relacionadas às carnes
Apesar de a vitamina C, E e o ß-caroteno terem recebido a maior parte da atenção, existem outros componentes nutricionais com propriedades antioxidantes. Alguns exemplos nas carnes, além dos minerais antioxidantes, incluem carnosina, a glutationa, possivelmente o ácido linoléico conjugado (CLA) e um perfil de lipídios menos susceptível à oxidação (4).
Carnosina. É um dipeptídeo natural (alanina e histidina) presente em grandes quantidades no músculo esquelético (4,10,12, Tabela 1). Em geral, o teor de carnosina é afetado pelo tipo de músculo, com o músculo branco sendo um pouco mais rico em carnosina do que o músculo escuro.
Tabela 1. Teor de carnosina no músculo esquelético1

1Adaptado de Chan and Decker (10).
Como a carnosina é absorvida para dentro do plasma intacta, é um potencial antioxidante dietético (11). A carnosina mostrou ser capaz de inibir a oxidação de lipídios devido ao ferro, à hemoglobina, à lipoxidase e à partícula isolada de oxigênio in vitro (10,12). Como a carnosina reduz o aprodecimento oxidativo, pode ser usada como um antioxidante natural em alimentos de músculos.
Sugeriu-se que o mecanismo antioxidante da carnosina ocorre devido à combinação de sua capacidade de agir como um metal quelante, removedor de radicais livres e doador de hidrogênio (10). Uma vez que a carnosina é hidrossolúvel, pode inativar a oxidação de lipídios e os radicais livres na fase aquosa do músculo (10,12).
O efeito antioxidante da carnosina pode ser influenciado pela vitamina E (4,13). A carnosina tem demonstrado fornecer proteção contra danos oxidativos quando a vitamina E é deficiente (4,13). Entretanto, não foram notadas melhoras neste processo quando a vitamina E estava adequada. A carnosina pode, ainda, reagir com produtos secundários da oxidação de lipídios ao invés de agir como um removedor primário de radicais livres (4).
Glutationa (GSH). É um tripeptídeo (glutamina, cisteína e glicina) encontrado nas células de mamíferos e tem um importante papel na detoxificação e catálise de reações para antioxidação de espécies de oxigênio reativo e radicais livres (14). A GSH é um co-fator para a GSH peroxidase, uma enzima antioxidante bem estabelecida que é ativa somente na presença da GSH (14). Ao fornecer a GSH e o selênio, a carne bovina beneficia essa via enzimática. Vários trabalhos estão sendo feitos para esclarecer a inter-relação entre a GSH do tecido, nutrição e estresse oxidativo (14).
A GSH está presente em quantidades relativamente grandes em carnes frescas como carne bovina (15, Tabela 2). A maioria das carnes contém aproximadamente duas vezes a GSH encontrada nos frangos e de duas a 10 vezes a quantidade presente nos peixes. As frutas e os vegetais contêm níveis de moderado a alto de GSH, enquanto os produtos lácteos, cereais e pães contêm baixa quantidade de GSH. Acredita-se que a GSH age para estabilizar os radicais livres e também se combina com toxinas lipossolúveis para formar substâncias hidrossolúveis que são facilmente excretadas pela urina.
Tabela 2. Teor de glutationa em carnes vermelhas, de frango e peixes 1

1Adaptado de Jones, D.P. et al. (15)
Ácido linoléico conjugado (CLA). Está presente nos produtos de carne e tem demonstrado ter atividade antioxidante in vitro e in vivo (16,17). O CLA dietético diminui o acúmulo de ácidos graxos saturados nas membranas celulares (18,19). Por conter menores quantidades de ácidos graxos insaturados, essas membranas ficam menos susceptíveis à oxidação e, desta forma, têm menor potencial de causar danos oxidativos aos componentes celulares. As informações de que os derivativos oxidáveis do colesterol e as lipoproteínas de baixa densidade (LDL) oxidáveis têm propriedades aterogênicas levaram a estudos para ver se as possíveis propriedades antioxidantes do CLA podem influenciar a aterosclerose.
Em coelhos, o CLA a níveis dietéticos de apenas 0,1% inibiu o estabelecimento da aterosclerose e, em níveis maiores (1%), causou regressão da aterosclerose estabelecida (16). Em hamsters com alto nível de colesterol, o CLA reduziu o desenvolvimento de aterosclerose da aorta próxima, possivelmente pelo decréscimo da susceptibilidade de oxidação do LDL (17).
Gordura saturada. Carnes como a bovina têm um perfil lipídico que é menos susceptível à oxidação do que alimentos ricos em ácidos graxos insaturados. Gorduras dietéticas que são mais insaturadas (isto é, gorduras poli-insaturadas) têm sido associadas com estresse oxidante nos tecidos (3,4). Gorduras poli-insaturadas são também muito mais reativas quimicamente do que gorduras saturadas encontradas em produtos animais. A quantidade relativamente pequena de ácidos graxos insaturados nas carnes é susceptível à oxidação lipídica com geração de radicais livres (4).
Selênio. É um mineral que funciona através de selenoproteínas, várias das quais são enzimas de defesa oxidante (1,6,20). Por exemplo, o selênio é um constituinte da enzima glutationa peroxidade que protege as membranas celulares dos danos oxidativos (1,20). Uma deficiência de selênio aumenta a degradação oxidativa de componentes susceptíveis à oxidação, especialmente se o nível de vitamina E for baixo (4).
Vitamina e. A suplementação de vitamina E para os bovinos, bem como para suínos, ovinos e vitelos pode aumentar a cor e a estabilidade de lipídios nas carnes frescas (4). Carnes como a bovina de animais suplementados com vitamina E podem aumentar a estabilidade oxidativa, aumentar a retenção de cor e aumentar o prazo de validade no varejo pode oferecer uma oportunidade de produto de “valor agregado” ao consumidor, com um maior valor nutricional (4). Em carnes como a bovina, a vitamina E reduz a oxidação de lipídios, que está relacionada com o teor de ácidos graxos insaturados dos lipídios do músculo esquelético (4).
Recomendações e ingestão dietética
O papel de vitaminas e minerais antioxidantes na saúde continua sendo debatido. Essas pesquisas estão sendo estimuladas pelo fato de antioxidantes de ocorrência natural nos alimentos poderem oferecer proteção contra doenças (1). Uma recente análise da dieta dos norte-americanos indicou que a carne bovina moída é uma fonte significante de vitamina E na dieta de homens (21). Entretanto, estão surgindo questões sobre a quantidade adequada de vitamina E na dieta tradicional e sobre a necessidade de suplementação. Atualmente, os especialistas recomendam a ingestão de uma dieta variada e nutricionalmente balanceada com antioxidantes oriundos de alimentos naturais como prioritários (1).
Referências bibliográficas
1. Institute of Medicine. Food and Nutrition Board. Standing Committee on the Scientific Evaluation of Dietary Reference Intakes. Dietary Reference Intakes for Vitamin C, Vitamin E, Selenium, and Carotenoids. Washington, D.C.: National Academy Press; 2000.
2. Krauss, R.M.; Eckel, R.H.; Howard, B.; et al. AHA dietary guidelines. Revision 2000: A statement for healthcare professionals from the Nutrition Committee of the American Heart Association.Circulation 102: 2284-2299; 2000.
3. Thomas, J.A. Oxidative stress and oxidant defense. In: Shils, M.E.; Olson, J.A.; Shike, M.; Ross, A.C. (Eds). Modern Nutrition in Health and Disease. 9th ed. Baltimore: Williams & Wilkins; 1999, pp. 751-760.
4. Decker, E.A.; Faustman, C.; Lopez-Bote, C.J. (Eds). Antioxidants in Muscle Foods. Nutritional Strategies to Improve Quality. New York: John Wiley & Sons, Inc.; 2000.
5. Institute of Medicine. Food and Nutrition Board. Standing Committee on the Scientific Evaluation of Dietary Reference Intakes. Dietary Reference Intakes for Vitamin A, Vitamin K, Arsenic, Boron, Chromium, Copper, Iodine, Iron, Manganese, Molybdenum, Nickel, Silicon, Vanadium, and Zinc. Washington, D.C.: National Academy Press; 2001.
6. Johnson, M.A.; Fisher, J.G. Role of minerals in protection against free radicals. Food Technol. 48(5): 112-120; 1994.
7. Powell, S.R. The antioxidant properties of zinc. J. Nutr. 130: 1447S-1454S; 2000.
8. Anderson, R.A.; Roussel, A.-M.; Zouari, N.; Mahjoub, S.; Matheau, J.-M.; Kerkeni, A. Potential antioxidant effects of zinc and chromium supplementation in people with type 2 diabetes mellitus. J. Am. Coll. Nutr. 20(3): 212-218; 2001.
9. Hennig, B.; Diana, J.N.; Toborek, M.; McClain, C.J. Influence of nutrients and cytokines on endothelial cell metabolism. J. Am. Coll. Nutr. 13(3): 224-231; 1994.
10. Chan, K.M.; Decker, E.A. Endogenous skeletal muscle antioxidants. Crit. Rev. Food Sci. & Nutr. 34(4): 403-426; 1994.
11. Decker, E.A.; Ivanov, V.; Zhu, B.-Z.; Frei, B. Inhibition of low density lipoprotein oxidation by carnosine and histidine. J. Agricult. Food Chem. 49(1): 511-516; 2001.
12. Chan, K.M.; Decker, E.A.; Means, W.J. Extraction and activity of carnosine, a naturally occurring antioxidant in beef muscle. J. Food Sci. 58(1): 1-4; 1993.
13. Chan, K.M.; Decker, E.A.; Chow, C.K.; Boissonneault, G.A. Effect of dietary carnosine on plasma and tissue antioxidant concentrations and on lipid oxidation in rat skeletal muscle. Lipids 29: 461-466; 1994.
14. Bray, T.M.; Taylor, C.G. Tissue glutathione, nutrition, and oxidative stress. Can. J. Physiol Pharmacol. 71(9): 746-751; 1993.
15. Jones, D.P.; Coates, R.J.; Flagg, E.W.; Eley, J.W.; Block, G.; Greenberg, R.S.; Gunter, E.W.; Jackson, B. Glutathione in foods listed in the National Cancer Institute’s health habits and history food frequency questionnaire. Nutr. Cancer 17: 57-75; 1992.
16. Kritchevsky, D.; Tepper, S.A.; Wright, S.; Tso, P.; Czarnecki, S.K. Influence of conjugated linoleic acid (CLA) on establishment and progression of atherosclerosis in rabbits. J. Am. Coll. Nutr. 19: 472S- 477S; 2000.
17. Wilson, T.A.; Nicolosi, R.J.; Chrysam, M.; Kritchevsky, D. Conjugated linoleic acid reduces early aortic atherosclerosis greater than linoleic acid in hypercholesterolemic hamsters. Nutr. Res. 20(12): 1795-1805; 2000.
18. Livisay, S.A.; Zhou, S.; Ip, C.; Decker, E.A. Impact of dietary conjugated linoleic acid on the oxidative stability of rat liver microsomes and skeletal muscle homogenates. J. Agric. Food Chem. 48: 4162-4167; 2000.
19. Hayek, J.G.; Han, S.N.; Wu, D.; Watkins, B.A.; Meydani, M.; Dorsey, J.L.; Smith, D.E.; Meydani, S.N. Dietary conjugated linoleic acid influences the immune response of young and old C57BL/ 6NCrlBR mice. J. Nutr. 129: 32-38; 1999.
20. Holben, D.H.; Smith, A.M. The diverse role of selenium within selenoproteins: A review. J. Am. Diet. Assoc. 99: 836-843; 1999.
21. Ma, J.; Hampl, S., Betts, N.M. Antioxidant intakes and smoking status: data from the Continuing Survey of Food Intakes by Individuals 1994-1996. Am. J. Clin. Nutr. 71: 774-780; 2000.
Fonte: Baseado em revisão da Associação Nacional dos Produtores de Carne Bovina dos EUA (National Cattlemen’s Beef Association – NCBA)
Link Original AQUI

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Industria do açúcar pagou para que a gordura levasse a culpa por doenças

Até que enfim veio a tona o que já sabíamos, felizmente descobriram que a industria do açúcar pagou para culparem a gordura por doenças.



Na realidade é até uma questão de lógica, pois a alimentação da humanidade em sua maior parte evolutiva sempre foi rica em gordura, porque somente agora ela vem fazer mal?

Como pode um alimento antigo ser a causa de doenças novas?

Isso acontece devido aos patrocínio das grandes industrias em estudos nutricionais, assim elas amarram os resultados com seus interesses,

Pessoal sério, vamos abrir os olhos para as evidencias, se somarmos o numero de pessoas que já participaram de estudos sérios sem patrocínio das industrias, nos últimos anos, que tentaram provar, eu disse provar, que a gordura saturada tem relação com doenças cardiovasculares passaria de 2 MILHÕES DE PESSOAS, porém nunca conseguiram chegar esse resultado, sabe por quê, porque não existe, isso mesmo, NÃO EXISTE.

Em relação a notícia bombástica da industria do açúcar comprar resultados

A descoberta foi feita por um pesquisador da Universidade da Califórnia, em São Francisco, e publicada nesta segunda (12/9) na revista científica “JAMA Internal Medicine”.

Stanton Glantz, pesquisador na universidade, cavou cinco décadas de documentos sobre a relação entre nutrição e doenças cardiovasculares para concluir que muitas das recomendações alimentares em voga atualmente vêm de pesquisas falsas, pagas pela indústria.

Os documentos mostram que a indústria do açúcar, reunida hoje num grupo chamado Sugar Association (Associação do Açúcar), pagou a três cientistas da renomada Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, o equivalente a US$ 50 mil dólares (cerca de R$ 162 mil) para publicarem, em 1967, um estudo sobre gordura, açúcar e doenças do coração.

Mas qual o efeito de tudo isso?

Uma população mais doente, pois a partir do momento que você retira a gordura da sua alimentação, você começa a comer mais os carboidratos que a industria tem a oferecer (açucares, cereais, farinhas refinadas).

Escolha uma alimentação mais natural, sem produtos alimentícios e sim com comida de verdade.

Esqueça os alimentos industrializados com código de barras vendido nas prateleiras dos supermercados

Coma a gordura natural dos alimentos, assim também os carboidratos que a natureza de oferece, como frutas e vegetais e desfrute de uma boa saúde.




quarta-feira, 3 de agosto de 2016

5 Estudos sobre a gordura saturada - hora de se aposentar o mito?

Desde os anos 1950, as pessoas acreditavam que a gordura saturada é ruim para a saúde humana.

Esta foi originalmente baseado em estudos observacionais que mostram que os países que consumiram uma grande quantidade de gordura saturada tiveram maiores taxas de mortes por doença cardíaca.

A hipótese da dieta cardíaca afirma que a gordura saturada aumenta o colesterol de LDL no sangue, que, em seguida, supostamente aloja nas artérias e causa a doença de coração.

Mesmo que esta hipótese nunca foi comprovada, a maioria das orientações dietéticas oficiais são baseados nele ( 1 ).


Curiosamente, numerosos estudos recentes não encontraram nenhuma ligação entre o consumo gordura saturada e doenças cardíacas.

Este artigo analisa cinco dos estudos maiores, mais abrangentes e mais recentes sobre esta questão.

1. Hooper G, et al., Redução na ingestão de gordura saturada para a doença cardiovascular . Cochrane Database Systematic Review de 2015.

Detalhes: Esta é uma revisão sistemática e meta-análise de ensaios clínicos randomizados, realizada pela Cochrane Collaboration - uma organização independente de cientistas.

É provavelmente a melhor avaliação que você pode encontrar neste no momento, e inclui 15 ensaios clínicos randomizados, com mais de 59.000 participantes.

Cada um desses estudos teve um grupo de controle, redução da gordura saturada ou substituí-lo com outros tipos de gordura, durou pelo menos 24 meses com enfase em ataques cardíacos ou mortes.

Resultados: O estudo não encontrou efeitos estatisticamente significativos de redução de gordura saturada, no que diz respeito a ataques cardíacos, acidentes vasculares cerebrais ou todas as causas.

Apesar de reduzir a gordura saturada não teve efeitos, substituindo algumas delas com gordura poliinsaturada levou a um risco 27% menor de cardiovasculareseventos (mas não a morte, ataques cardíacos ou acidentes vasculares cerebrais).

Conclusão: As pessoas que reduziram a sua ingestão de gordura saturada tinham a mesma probabilidade de morrer ou ter ataques cardíacos ou derrames cerebrais, em comparação com aqueles que comiam mais gordura saturada.

No entanto, a gordura parcialmente substituindo saturado com gordura poliinsaturada pode reduzir o risco de eventos cardiovasculares (mas não a morte, ataques cardíacos ou acidentes vasculares cerebrais).

Estes resultados são semelhantes a uma revisão Cochrane anterior, feito em 2011 (2 ).


Requisitos: Esta revisão sistemática e meta-análise revisaram estudos observacionais sobre a associação de gordura saturada e doenças cardíacas, derrame, diabetes tipo 2 e morte por doença cardiovascular.

Os dados incluídos 73 estudos, com 90,500-339,000 participantes em cada extremidade.

Resultado: a ingestão de gordura saturada não estava ligada a doenças cardíacas, acidente vascular cerebral, diabetes tipo 2 ou morrer de qualquer causa.

Conclusão: As pessoas que consumiram mais gordura saturada não eram mais propensos a ter doenças cardíacas, derrame, diabetes tipo 2 ou morte por qualquer causa, em comparação com aqueles que comiam menos gordura saturada.

No entanto, os resultados dos estudos individuais foram muito diversas, por isso é difícil tirar uma conclusão exata deles.

Os pesquisadores avaliaram a certeza da associação como "baixo", enfatizando a necessidade de estudos mais de alta qualidade sobre o assunto.

3. Siri-Tarino PW, et al. Meta-análise de estudos prospectivos que avaliaram a associação de gordura saturada com doença cardiovascular. American Journal of Clinical Nutrition, de 2010.

Detalhes: Esta meta-análise revisada evidências de estudos observacionais sobre a relação entre gordura saturada na dieta e o risco de doença cardíaca e derrame.

Os estudos incluíram um total de 347,747 participantes, que foram seguidos por 5-23 anos.

Resultados: Durante o acompanhamento, cerca de 3% dos participantes (11.006 pessoas) desenvolveram doença cardíaca ou acidente vascular cerebral.

Ingestão de gordura saturada não estava ligada a um risco aumentado de doença cardiovascular, ataques cardíacos ou derrames, mesmo entre aqueles com maior ingestão.

Conclusão: Este estudo não encontrou qualquer associação entre a ingestão de gordura saturada e doenças cardiovasculares.


Detalhes: Este estudo analisou estudos de corte e ensaios clínicos randomizados sobre a relação entre ácidos graxos e o risco de doença cardíaca ou morte súbita cardíaca.

O estudo incluiu 49 estudos observacionais com mais de 550.000 participantes, bem como 27 ensaios clínicos randomizados com mais de 100.000 participantes.

Resultados: O estudo não encontrou nenhuma ligação entre o consumo de gordura saturada e o risco de doença cardíaca ou morte.

Conclusão: As pessoas com maior ingestão de gordura saturada não estavam em um risco aumentado de doença cardíaca ou morte súbita.

Além disso, os pesquisadores não encontraram qualquer benefício para consumir gorduras poliinsaturadas em vez de gorduras saturadas. Os ácidos graxos de cadeia longa ômega-3 foram uma exceção, já que tinham efeitos protetores .


Requisitos: Esta revisão sistemática avaliou os efeitos da quantidade e tipo de gordura na dieta sobre o peso corporal e o risco de diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e câncer.

Entre os participantes, tanto as pessoas que eram saudáveis ​​e aqueles com fatores de risco. Esta avaliação incluiu 607 estudos; estudos randomizados controlados, estudos prospectivos de corte e estudos de caso-controle.

Resultados: O consumo de gordura saturada não foi associada com um risco aumentado de doença cardíaca ou um aumento do risco de diabetes tipo 2.

Os pesquisadores descobriram que a gordura saturada, parcialmente substituída com gordura poli-insaturada ou mono pode reduzir as concentrações de colesterol LDL e diminuem o risco de doença cardiovascular, especialmente nos homens.

No entanto, substituir a gordura saturada por carboidratos refinados pode aumentar o risco de doença cardiovascular.

Conclusão: Comer gordura saturada, não aumenta o risco de doença cardíaca ou diabetes tipo 2. No entanto, parcialmente substituir a gordura saturada de gordura poli-insaturada pode ajudar a reduzir o risco de doença cardíaca, especialmente nos homens.

Resumo
Reduzir a gordura saturada não tem nenhum efeito no risco de doença cardíaca ou morte.
Substituindo gordura saturada com carboidratos refinados parece aumentar o risco de doença cardíaca.
Substituir a gordura saturada gordura poli-insaturada pode reduzir o risco de eventos cardiovasculares, mas os resultados para ataques cardíacos, derrames e morte são mista.

Hora de aposentar o mito?

As pessoas com certas condições médicas ou problemas de colesterol precisam de um acompanhamento medico para o consumo de gordura saturada.

No entanto, os estudos são bastante claro que, para o indivíduo médio, gordura saturada não tem nenhuma associação significativa com doença cardíaca.

Dito isto, pode haver um pequeno benefício para substituir a gordura saturada gordura insaturada.

Isso não significa que a gordura saturada é "mau" - só que ele é neutro, enquanto algumas gorduras insaturadas são particularmente saudável.

Ao substituir algo que é neutro com algo que é muito saudável, então você vai ter um benefício líquido de saúde.

Fontes saudáveis ​​de gorduras insaturadas incluem nozes, sementes, peixes gordos ,azeite extra-virgem e abacates .

No final do dia, não parece haver qualquer razão para a população em geral que se preocupe com a gordura saturada.

Há outras questões que são muito mais digno de sua atenção, como evitar refrigerante com açúcar e junk food , comer alimentos saudáveis ​​e exercício.


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terça-feira, 2 de agosto de 2016

Gordura saturada: Ela é boa ou ruim?


Gordura saturada: Ela é boa ou ruim?

Fomos informados que a gordura saturada é ruim.

Dizem  que eleva os níveis de colesterol e ataques cardíacos.

No entanto ... muitos estudos recentes sugerem que o verdadeiro quadro é mais complicado do que isso.

Este artigo lança um olhar detalhado em gordura saturada e se é bom ou ruim para sua saúde.


O que é gordura saturada?

" Gordura" são macronutrientes.

Ou seja, nutrientes que consumimos em grandes quantidades e nos dão energia.

Cada molécula de gordura é feita de uma molécula de glicerol e três ácidos graxos... que pode ser saturado, monoinsaturado ou poli-insaturado.

O  termo "saturado" tem a ver com o número de ligações na molécula.

Os ácidos graxos saturados não têm ligações duplas, ácidos graxos monoinsaturados têm uma ligação dupla e ácidos graxos poliinsaturados têm duas ou mais ligações duplas.

A imagem aqui mostra a diferença:


Outra forma de expressar esta, é que os ácidos gordos saturados têm todos os átomos de carbono a (C) totalmente "saturado" com hidrogénio átomos (H).

Os alimentos que são ricos em gordura saturada incluem carnes , banha, produtos lácteos, como manteiga e creme, coco, óleo de coco , óleo de palma e chocolate escuro.

Na verdade, "gorduras" contêm uma combinação de ácidos graxos diferentes. Sem gordura é pura gordura saturada, ou mono ou poli-insaturada pura.

Mesmo os alimentos como a carne contêm também uma quantidade significativa de gorduras mono e poli-insaturados ( 1 ).

As gorduras saturadas que são principalmente (como manteiga ) tendem a ser sólidas à temperatura ambiente, enquanto as gorduras, que são na sua maioria insaturados (como o azeite ) são líquidos à temperatura ambiente.

Como outras gorduras, gorduras saturadas contém 9 calorias por grama.


Por que as pessoas pensam que ele é prejudicial?


No século 20, houve uma grande epidemia de doenças cardíacas correndo solta na América.

Ela costumava ser uma doença rara, mas muito rapidamente ela disparou e se tornou a causa número um de morte ... o que é ainda ( 2 ).

Os pesquisadores descobriram que a ingestão de gordura saturada pareceu aumentar os níveis de colesterol na corrente sanguínea.

Este foi um achado importante, no momento, porque eles também sabia que ter níveis elevados de colesterol foi associada a um risco aumentado de doença cardíaca.

Isto levou à seguinte suposição sendo feitas:

Se a gordura saturada aumenta o colesterol (A causa B) e colesterol provoca doenças cardíacas (B provoca C), então isso deve significar que a gordura saturada causa doença cardíaca (A causa C).

No entanto, no momento, este foi não com base em qualquer evidência experimental em seres humanos .

Esta hipótese (chamado de "hipótese da dieta cardíaca") foi baseado em premissas, dados observacionais e estudos em animais ( 3 ).

A hipótese da dieta cardíaca, em seguida, se transformou em política pública em 1977 , antes que ele fosse provado como verdadeiro ( 4 ).

Mesmo que agora temos uma abundância de dados experimentais em seres humanos que mostram estes pressupostos iniciais errado , as pessoas ainda estão sendo orientados a evitar a gordura saturada, a fim de reduzir o risco de doença cardíaca.

Resumindo: A gordura saturada têm sido vista como a causadora da doença cardíaca através do aumento do colesterol no sangue. No entanto, não há evidência experimental  ligado a gordura saturada para doença cardíaca.

Gordura saturada pode aumentar o LDL (o "mau colesterol"), mas também HDL (o "bom") colesterol

É importante perceber que a palavra " colesterol " é muitas vezes usado de forma imprecisa.


HDL e LDL, os "bons" e "maus" colesterol, não são, na verdade, o colesterol ... eles são proteínas que transportam o colesterol em torno, conhecidas como lipoproteínas .

LDL significa lipoproteína de baixa densidade e HDL significa lipoproteína de alta densidade. 

Na primeira, os cientistas só mediram o colesterol "Total", que inclui colesterol dentro LDL e HDL. Mais tarde, eles aprenderam que, enquanto LDL estava ligada ao aumento do risco, HDL estava ligado à redução do risco ( 5 , 6 , 7 , 8 , 9 , 10 ).

"Total" o colesterol é realmente um marcador altamente defeituosa porque ele também inclui o HDL. Então, ter um alto HDL (de proteção), na verdade, contribui para um elevado colesterol "Total".

Porque a gordura saturada elevou os níveis de LDL, parecia lógico supor que isso iria aumentar o risco de doença cardíaca. Mas os cientistas ignorado na maior parte o fato de que a gordura saturada também aumenta o HDL.

Tudo o que se disse, uma nova pesquisa mostrou que LDL não é necessariamente "ruim" porque há diferentes subtipos de LDL ( 11 , 12 , 13 , 14 , 15 , 16 ):
Pequena, LDL de baixa densidade: Estas são pequenas lipoproteínas que podem penetrar a parede arterial facilmente, o que conduz a doença cardíaca.

Grande LDL: Estas lipoproteínas são grandes e macias e não penetram facilmente  nas artérias.

As partículas pequenas e densas também são muito mais suscetíveis a tornar-se oxidado, que é um passo crucial no processo da doença cardíaca ( 17 , 18 , 19 ).

Pessoas com partículas de LDL na sua maioria pequenas têm três vezes maior risco de doença cardíaca, em comparação com aqueles com partículas de LDL na sua maioria de grande porte ( 20 ).

Então ... se queremos reduzir o nosso risco de doença cardíaca, queremos ter partículas de LDL na sua maioria grandes e tão pouco dos pequenos quanto possível.

Aqui está um pouco de informação interessante que muitas vezes é ignorado pelo "mainstream" nutricionistas ... comer gordura saturada muda as partículas de LDL de pequena para Grande ( 21 , 22 , 23 ).

O que isto significa é que mesmo que a gordura saturada pode aumentar ligeiramente LDL, eles estão a mudar a LDL para um subtipo benigna, que está associada com uma redução do risco de doença cardíaca.

Mesmo os efeitos da gordura saturada na LDL não são tão dramáticas como você pode pensar. Embora eles aumentam LDL no curto prazo, a abundância de estudos de observação a longo prazo encontram nenhuma ligação entre os níveis de consumo e de LDL de gordura saturada ( 24 , 25 , 26 ).

Também parece depender do "comprimento da cadeia" do ácido gordo. Por exemplo, o ácido palmítico (16 carbonos) podem aumentar o LDL, enquanto que o ácido esteárico (18 carbonos) não ( 27 ).

Agora, os cientistas perceberam que não é apenas sobre a concentração de LDL ou o tamanho das partículas, mas o número de partículas de LDL (chamado de LDL-p ) flutuando na corrente sanguínea.

Dietas de baixo carboidrato , que tendem a ser ricos em gordura saturada, pode reduzir o LDL-p, enquanto baixo teor de gordura dietas podem ter um efeito adverso e levantar LDL-p ( 28 , 29 , 30 , 31 ).



Bottom Line: As gorduras saturadas elevar o HDL (o "bom" colesterol) e mudança de LDL de pequeno, denso (ruim) a LDL Grande, que é principalmente benigno. No geral, as gorduras saturadas não prejudicar o perfil lipídico no sangue, como se acreditava anteriormente.

Será que a gordura saturada causa doença cardíaca?

Os efeitos supostamente nocivos da gordura saturada são a pedra angular de orientações dietéticas modernas.

Por isso, este tema tem recebido enormes quantidades de financiamento.

No entanto ... apesar de décadas de pesquisa e bilhões de dólares gastos, os cientistas ainda não foram capazes de demonstrar uma ligação clara.

Vários estudos recentes de revisão que combinaram dados de vários outros estudos, descobriu que não há realmente nenhuma ligação entre o consumo de gordura saturada e doenças cardíacas.

Isso inclui uma revisão de 21 estudos com um total de 347,747 participantes, publicado em 2010. Sua conclusão: não há absolutamente nenhuma associação entre gordura saturada e doenças cardíacas ( 32 ).

Outra revisão publicada em 2014 analisaram dados de 76 estudos (ambos os estudos observacionais e ensaios clínicos controlados) com um total de 643,226 participantes. Eles não encontraram nenhuma ligação entre gordura saturada e doenças cardíacas ( 33 ).

Temos também uma revisão sistemática da Cochrane Collaboration , que combina dados de vários ensaios clínicos randomizados.

De acordo com a sua avaliação, publicada em 2011, a redução da gordura saturada não tem nenhum efeito sobre a morte ou a morte por doença cardíaca ( 34 ).

No entanto, eles descobriram que a substituição de gorduras saturadas por gorduras insaturadas reduziu o risco de eventos cardíacos (mas não a morte) de 14%.

Isto não implica que as gorduras saturadas são "maus", apenas que certos tipos de gorduras insaturadas (principalmente ômega-3 ) são protetores, enquanto que as gorduras saturadas são neutros.

Então ... os maiores e melhores estudos sobre gorduras saturadas e doenças cardíacas mostram que não existe uma ligação direta. Era um mito tempo todo.

Infelizmente, os governos e as organizações de saúde "mainstream" parecem relutantes em mudar as suas mentes e continuar a promover o velho dogma baixo teor de gordura.

Para saber mais, leia esta revisão de 5 estudos recentes sobre gordura saturada e de saúde .


Bottom Line: A ligação entre gordura saturada e doenças cardíacas tem sido estudado intensamente durante décadas, mas os estudos maiores e melhores mostram que não existe uma associação estatisticamente significativa.

Será que uma dieta baixa em gordura saturada tem quaisquer benefícios para a saúde, ou ajudá-lo viver mais tempo?



Vários estudos maciços têm sido realizados sobre a dieta de baixa gordura.

Esta é a dieta recomendada pelo USDA e organizações de saúde principais em todas as partes do mundo.

O principal objetivo desta dieta, é o de reduzir o consumo de gordura saturada e colesterol.

Esta dieta também recomenda o aumento do consumo de frutas , legumes e grãos integrais ... junto com redução do consumo de açúcar .

A Iniciativa de Saúde da Mulher foi o maior estudo de nutrição na história. Foi um estudo randomizado controlado com 46,835 mulheres, que foram instruídos a comer uma dieta de baixa gordura.

Depois de 7,5-8 anos, houve apenas 0,4 kg (1 libra) diferença de peso e houve a zero diferença de doenças cardíacas, câncer ou morte ( 35 , 36 , 37 , 38 ).

Outros estudos maciços confirmaram esta ... a dieta de baixa gordura não fornece nenhum benefício para a doença cardíaca ou o risco de morte ( 39 , 40 ).

Vários estudos que substituíram a gordura saturada com óleos vegetais poli-insaturados mostrou que mais pessoas nos grupos de óleos vegetais acabou morrendo ( 41 , 42 ).

É interessante ver que, desde as diretrizes baixo teor de gordura saiu, a prevalência da obesidade tem subido ( 43 ):



Este gráfico mostra que a epidemia de obesidade começou com força total ao mesmo tempo que o conselho baixo teor de gordura estava no auge. A epidemia de diabetes tipo 2, seguido logo depois.

Claro, este gráfico por si só não prova nada ( correlação não iguala a causa ), mas faz sentido que a substituição de alimentos tradicionais, como a manteiga e carne com alimentos processados ​​baixo teor de gordura ricos em açúcar tinha algo a ver com isso.

É também interessante quando se olha para a literatura, que em quase cada estudo comparando o "perito reconhecido" dieta de baixa gordura para outras dietas (incluindo paleo , vegan , low-carb e Mediterrâneo), ele perde ( 44 , 45 , 46 , 47 ).



Bottom Line: Estudos sobre a dieta de baixa gordura não mostram uma redução do risco de doença cardíaca ou morte e alguns estudos mostram que a substituição de gordura saturada com óleos vegetais aumenta o risco.

Pessoas com certas condições médicas podem querer minimizar gordura saturada

Os resultados da maioria dos estudos são baseados em médias.

Os estudos mostram claramente que, em média , ácidos graxos saturados não aumentam o risco de doença cardíaca.

No entanto, dentro dessas médias, há espaço para variabilidade individual.

Talvez a maioria das pessoas vê nenhum efeito ... enquanto outros experiência diminuição do risco e ainda outros experimentam um aumento do risco.

Dito isto, há definitivamente algumas pessoas que podem querer minimizar a gordura saturada na dieta.

Isto inclui pessoas com uma doença genética chamada hipercolesterolemia familiar , bem como as pessoas que têm uma variante gene chamado ApoE4 ( 48 ).

Com o tempo, a ciência da genética mais certamente irá descobrir mais maneiras em que a dieta afeta o nosso risco individual para a doença.




A gordura saturada tem alguns aspectos benéficos importantes que raramente são mencionados.


Por exemplo, as gorduras saturadas são excelentes para cozinhar. Porque eles não têm ligações duplas, são altamente resistentes a danos induzidos por calor ( 49 ).

As gorduras poli-insaturadas, por outro lado, facilmente oxidar quando são aquecidas ( 50 ).

Por esta razão, o óleo de coco, banha e manteiga são todos excelentes opções para cozinhar, especialmente para métodos de cozimento de alta temperatura, como fritura.

Os alimentos que são naturalmente ricos em gordura saturada também tendem a ser saudáveis ​​e nutritivos.

Estes incluem naturalmente alimentados carnes, produtos lácteos, chocolate e coco.



A gordura "Mal" você deve evitar como a peste



Existem muitos tipos diferentes de gordura.

Alguns deles são bons para nós, outros neutros, mas outros são claramente prejudiciais.

As evidências apontam para gorduras saturadas e monoinsaturadas sendo perfeitamente seguro e talvez até mesmo absolutamente saudável.

No entanto ... a situação é um pouco mais complicada com gorduras poli-insaturadas.

Temos ambos os ômega-3 e ômega-6s .

Precisamos levar estes dois tipos de ácidos graxos em um certo equilíbrio, mas a maioria das pessoas estão comendo demasiados ácidos graxos Omega-6 nos dias de hoje ( 51 ).

É uma boa ideia comer em abundância de ômega-3 (como de peixes gordos), mas a maioria das pessoas faria melhor, reduzindo o consumo de Omega-6 ( 52 ).

A melhor maneira de fazer isso é para evitar-semente e óleos vegetais como óleos de soja e milho, assim como os alimentos processados ​​que os contêm.

Outra classe de gorduras artificiais gorduras trans , também é muito prejudicial.

As gorduras trans são feitos por exposição de óleos vegetais poli-insaturados a um processo químico que envolve a calor elevado, gás hidrogénio e um catalisador de metal.

Estudos mostram que as gorduras trans levar à resistência à insulina, a inflamação, a acumulação de gordura da barriga e drasticamente aumentar o risco de doença do coração ( 53 , 54 , 55 , 56 ).

Então, comer gorduras saturadas, gorduras monoinsaturadas e ômega-3 ... mas evite gorduras trans e óleos vegetais processados, como a peste.

As autoridades de saúde têm passado uma imensa quantidade de recursos a estudar a ligação entre gordura saturada e doenças cardíacas.

Apesar de milhares de cientistas, décadas de trabalho e bilhões de dólares gastos, esta hipótese ainda não foi apoiada por boas provas.

O mito de gordura saturada não foi provado no passado, não está provado hoje e nunca vai ser provado ... porque é apenas algo totalmente errado .

Não só é este mito não é suportado por evidências científicas, é facilmente refutada com algum senso comum ...

Os seres humanos e pré-humanos comeram gordura saturada por centenas de milhares (senão milhões) de anos, mas a epidemia de doenças cardíacas começou há cem anos atrás.

Culpar novos problemas de saúde sobre os alimentos velhos simplesmente não faz sentido.


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segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Comer gordura para emagrecer!

Protocolos atuais de combate à obesidade podem estar errados, segundo relatório divulgado na Inglaterra


Uma grande revisão das diretrizes oficiais sobre alimentação atualmente recomendadas, realizada pelo National Obesity Forum (NOF) e pela Public Health Collaboration, diz que a mensagem de consumo com baixo teor de gordura nas dietas, que tem sido a política oficial de recomendações dietéticas no Reino Unido desde 1983, foi baseada em "ciência imperfeita" e resultou em um aumento do consumo de junk foods e de carboidratos.

A ciência precisa repensar as orientações do The Eatwell Guide, segundo o que orientam os autores do relatório doNOF. Faz-se necessário um retorno aos “alimentos naturais”, tais como carnes, peixes e produtos lácteos integrais, bem como alimentos saudáveis com alto teor de gordura como abacates, por exemplo. É importante mudar a mensagem ao público para reverter a obesidade e o diabetes tipo 2, a nova mensagem deve ser voltada a “não termos medo de comer gordura.”

O relatório, que provocou uma ampla reação entre a comunidade científica, também argumenta que a gordura saturada não causa doença cardíaca, enquanto produtos lácteos integrais como leite, iogurte e queijo podem realmente proteger o coração.

Segundo os autores, a prova das falhas das atuais recomendações está nos alarmantes níveis de obesidade e diabetes mellitus nunca antes vistos. Alimentos processados rotulados como "baixo teor de gordura", "light", "baixo colesterol" devem ser evitados a todo o custo e as pessoas com diabetes tipo 2 devem comer uma dieta rica em gordura, ao invés de uma dieta baseada em hidratos de carbono, segundo o relatório.

Outros pontos relatados no relatório do NOF são que os lanches entre as refeições são uma das principais causas de obesidade atualmente e que a adição de açúcar deve ser evitada por não ter nenhum valor nutritivo. A contagem de calorias também é prejudicial quando se trata de controlar a obesidade, pois as calorias provenientes de diferentes alimentos têm "efeitos metabólicos completamente diferentes sobre o corpo humano, tornando essa definição inútil". Da mesma forma, os autores afirmam ser "incorreto" pensar que a solução para a obesidade é queimar mais calorias do que as que são consumidas. Eles alegam que a obesidade é um distúrbio hormonal que leva à compartimentalização anormal de energia e que não pode ser resolvida apenas aumentando-se a quantidade de exercício realizada.

No entanto, cientistas de diversas áreas têm criticado o relatório e questionam a sua base probatória. Estes falam que as descobertas do NOF estão "cheias de ideias e opiniões”, que não podem ser consideradas uma revisão abrangente das evidências atuais e que não conhecemos totalmente as causas da epidemia de obesidade mundial, então simplesmente dizer às pessoas que comam mais gordura é uma recomendação altamente controversa e que pode ter consequências adversas para a saúde pública.

Principais conclusões do relatório do National Obesity Forum:

Comer gordura não torna você gordo. 
Evidências de vários ensaios revelam que uma dieta com maior teor de gordura e baixo teor de carboidrato é superior a uma dieta com poucas gorduras para a perda de peso e redução do risco cardiovascular. 
Pare de contar calorias. Calorias de alimentos diferentes têm diferentes efeitos metabólicos no corpo, por isso, a contagem de calorias não faz sentido. 
Você não pode neutralizar os efeitos de uma má alimentação. 
A obesidade é um distúrbio hormonal que leva a compartimentalização de energia anormal, que não pode ser apenas resolvida aumentando a quantidade de exercícios realizada. 
As gorduras saturadas não causam doenças cardíacas e produtos lácteos em suas versões integrais podem até mesmo proteger o coração. 
Evite a todo o custo alimentos processados rotulados como de "baixo teor de gordura", "light", "baixo colesterol" ou "redutores de colesterol". 
Nenhuma evidência atual demonstra que a redução de gordura saturada na dieta reduz também eventos cardiovasculares e morte. 
Lanches entre as refeições fazem você engordar. 
O aumento da frequência das refeições desempenha igual, se não maior, papel na obesidade e isso tem sido largamente ignorado.

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domingo, 31 de julho de 2016

Como podemos comer mais do que devíamos?


Por que cada vez mais aumenta o numero de pessoas acima do peso?
Vimos nos últimos anos um crescimento absurdo de aumento de peso em todo o Mundo, e consequentemente um aumento também em doenças como diabetes, doenças cardíacas dentre outras.
Converso com muitas pessoas e quando abordo esse assunto a grande maioria diz que a culpa da pessoa tá acima do peso é dela mesmo, pois não consegue segurar a boca.
Mas será mesmo?
Por que o corpo humano, uma máquina perfeita, iria comer mais do que deveria?
É se na realidade estivermos  viciados pelo alimentos?
Isso mesmo, viciado, é o que este excelente documentário diz, assista e entenda o que nos leva a comer mais, e comece a se libertar da compulsão alimentar



sábado, 30 de julho de 2016

Diabetes - A Epidemia da China

Um em cada três adultos do mundo com diabetes está na China

Prevalência de doenças crônicas entre os chineses aumentou mais de nove vezes em uma geração, muito mais rápido do que no resto do mundo, graças a estilos de vida pouco saudáveis, o crescimento da população e envelhecimento.

PUBLICADO: quinta-feira, 7 abril, 2016, 19:31
ATUALIZADO: quinta-feira, abril 7, 2016, 19:33



Quase um em cada três adultos que sofrem de diabetes no mundo está na China, onde tem havido uma explosão no número de pessoas afetadas no último quarto de século, um novo relatório da Organização Mundial da Saúde mostra.

Enquanto a China é responsável por 19 por cento da população do mundo, que tinha mais de 30 por cento dos casos de diabetes do adulto em 2014. Dos 422 milhões de adultos com a doença crônica, uma estimativa de 129,3 milhões está na China, o Relatório Global sobre Diabetes.

A prevalência de diabetes em adultos chineses aumentou de menos de 1 por cento em 1980 para 9,4 por cento em 2014. Globalmente, a prevalência de diabetes também aumentou, mas a um ritmo mais lento: de 4,7 por cento em 1980 para 8,5 por cento em 2014.


Diabetes é uma condição crônica na qual o organismo não produz insulina suficiente para quebrar o açúcar nos alimentos ou utilizar a insulina de forma ineficiente. Ela pode causar a morte prematura ou complicações graves, como a cegueira, acidente vascular cerebral, doença renal, doença cardíaca e amputação.

Parte do aumento da prevalência da doença na China e em todo o mundo caiu para o crescimento da população e envelhecimento, de acordo com o Dr. Hai-rim Shin, um coordenador para as doenças não transmissíveis e promoção da saúde no escritório regional da OMS para o Pacífico Ocidental em Manila.

Mas Shin disse fatores de risco para diabetes, tais como o excesso de peso ou obesidade e ser fisicamente inativo, também aumentaram.


“Houve um aumento significativo [na prevalência de diabetes na China], que ocorreu durante um curto período de tempo, o que tem sido impulsionado em grande parte por hábitos pouco saudáveis: estilos de vida sedentários e dietas pouco saudáveis”, disse Shin.

De acordo com perfis dos países da OMS, lançado junto com o relatório global, na China 35,4 por cento dos adultos estão acima do peso, 7,3 por cento são obesos, e 23,8 por cento são fisicamente inativos. (Adultos são definidos como acima do peso se eles têm um índice de massa corporal of≥25 e acima, e obesos, se eles têm um IMC de 30 e acima. A inatividade física é definida como a não realização, pelo menos, 150 minutos de atividade física de intensidade moderada por semana , ou equivalente.)


Um olhar sobre o perfil para os Estados Unidos joga-se uma contradição: apesar do fato de que uma proporção muito maior de americanos estão com sobrepeso - 69,6 por cento - do que na China, e que 35 por cento são obesos e 35 por cento fisicamente inativo, o prevalência de diabetes é mais baixa, em 9,1 por cento.

No seu relatório, a OMS atribui o aumento do consumo de alimentos e bebidas ricos em açúcar para o aumento da diabetes.

A diretriz padrão de dieta e exercício para resolver este problema de diabetes e outras doenças metabólicas é "lixo", diz o Dr. Robert Lustig, endocrinologista pediátrico americano na Universidade da Califórnia, San Francisco, que estava em Hong Kong esta semana como um alto-falante na Conferência de Investimento asiático anual do Credit Suisse.

A solução, diz ele, é simples, basta cortar o açúcar e alimentos processados ​​a partir de sua dieta. 

"Na verdade, os asiáticos ficam mais doentes [do que os americanos], pois os níveis de IMC são menores, porque os asiáticos têm um acumulo de gordura subcutânea menor, para começar", explica Lustig, autor de 2013 livroFat Chance: bater as probabilidades contra o açúcar, Alimentos Processados, obesidade, e doenças amplamente conhecido como o homem que iniciou a "guerra contra o açúcar".

De acordo com a Iniciativa de Prevenção asiática Diabetes, este risco mais elevado pode ser porque os asiáticos, especialmente os sul-asiáticos, são mais propensos a ter menos músculos e mais gordura abdominal, o que aumenta a resistência à insulina.

Tecnologia de imagem que mede a gordura em seres humanos mostrou que os asiáticos de um IMC saudável têm mais gordura em torno de órgãos e na região da barriga do que os europeus com o mesmo IMC. Para o mesmo IMC, os asiáticos têm 3-5 por cento mais gordura corporal em comparação com pessoas de ascendência europeia. Para o mesmo percentual de gordura corporal, os asiáticos têm unidades de BMI 3-4 menor em comparação com os caucasianos.

No seu relatório, a OMS diz diabetes causou 1,5 milhões de mortes em 2012, e outros 2,2 milhões de mortes foram causadas por níveis de açúcar no sangue, aumentando os riscos de doenças cardiovasculares e outras doenças.

O relatório não faz distinção entre diabetes tipo 1, em que o corpo não consegue produzir insulina suficiente e requer injeções diárias de insulina para a sobrevivência, e tipo 2, em que o corpo já não pode produzir insulina suficiente para manter o açúcar no sangue em um nível normal. O diabetes tipo 2 é mais frequentemente associada à obesidade e estilos de vida relativamente sedentários.

O relatório da OMS apelou para ações reforçadas junto para reduzir fatores de risco para diabetes e melhorar o tratamento e cuidados.

Shin disse que a China teve algumas grandes lacunas no acesso aos serviços para a detecção precoce, tratamento e gestão de diabetes.

"Mais de metade das pessoas com diabetes pode ser diagnosticada, e de acordo com algumas estimativas, apenas um quarto das pessoas com diabetes estão recebendo tratamento. Por isso, há uma necessidade de construir serviços primários e de cuidados de saúde da comunidade para garantir que as pessoas com diabetes têm acesso ao tratamento de que necessitam ", disse Shin. "A China está se movendo na direção certa aqui com suas reformas da prestação de serviços de saúde diferenciados, mas haverá uma necessidade de assegurar esses trabalhos para apoiar as pessoas com - ou em risco de desenvolver -. Diabetes"
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